domingo, 13 de setembro de 2009

Clareira de Homens e Sinos. Direção: Marsial Azevdo

Vem, ouve em silêncio os silêncios antigos. Percebe com a pele dos olhos o lugar restante quando as folhas dormem, exaustas, irritadiças. Houve um tempo em que os caminhos se cruzavam, vindos distantes, fazendo senhores se chocarem, abruptos, ressoantes. A Mulher que seria um dia o deus dos homens, mastiga inverdades ressentidas, tornando-se a lua febril de um dia sem deusas, sem mulheres. Coroas querem se partir, lagos desejam retornar ao seu lugar e a sensação de que tudo bem, "como dois e dois são cinco", paira, qual fantasma feito de carne, céu sem abrigo.
Vem e perdoa as faltas nem cometidas, como se perdoasse um som tangido demais, um pássaro livre demais, um chorinho desenganado, esmaecido.

FICHA TÉCNICA:
Concepção e direção: Marsial Azevedo
Performers: Jeziel Paiva (rabeca e violino); Marsial Azevedo, Roberta Roldão e Marcelo Taynara (voz, violão)
Assistente de direção:Lívia Chumbinho
Assistência coreográfica: Raquel Tormin e Rui Moreira (direção do chorinho "Valsa dos Espelhos")

De Caixa suspensa

2 comentários:

Marcelo Taynara disse...

Assim como cicatrizes se fecham de dentro para fora,acredito que o ser humano só cresce quando é tocado na alma.Trabalhar com vc, Roberta,com Marsial,com Jesiel, com Livia e Raquel,me vem uma sensação de brisa e vento na Clareira De Homens e Sinos que nos joga lá dentro da gente e a alma eleva e leva e leve,leve,leve...

rObErtA disse...

Taynara,
Querido amigo e parceiro de trabalho, eu quem agradeço a oportunidade de trabalhar contigo. Almas conectadas.


an DANÇAS

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Dança

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Roberta Roldão

Colaboradores