quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Cheiro


Violinos
Umidade
Cheiro de almíscar e sândalo
Os brincos de âMbar negro escorriam do único PAR de olhos negros noturnos
Noite estrelada de caravanas em Guedra
2 pérolas escuras
Mel de Tendera nos lábios
No fogo um pequeno caldeirão com água de chuva e pó azul da Índia
A taça vazia ainda cheirava álcool de cereais
As últimas palavras da Durga era a respeito da próxima parada, em Beni Abbés
Na caverna estava guardado o sagrado perfume
Navegaríamos
Mulheres com seus lenços macios e coloridos cochichavam uma sinfonia de grilos
Sentada, no chão, imóvel, o portal se abriu, um leve enjoo
Era como se caísse em um túnel para baixo, cheio de ar mar rio
Corredores, gavelas falando a língua dos lagartos seres
Um odor de anis e absinto
Corredores que levam até animais silvestres trazidos da Ilha de Creta
Para entrar, o vento soprava uma língua antiga:

Pupulé on chal
Ta saró sundache sina men chiquén
presas sino aotal

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an DANÇAS

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Dança

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Roberta Roldão

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