quinta-feira, 16 de setembro de 2010

Prefácio


Assim é que elas foram feitas

todas as coisas sem nome.

Depois é que veio a harpa

e a fêmea em pé.

Insetos errados de cor caiam no mar.

A voz s estendeu na direção da boca.

Caranguejos apertavam mangues.

Vendo que havia na terra

depeendimentos demais

E tarefas muitas

Os homens começaram a roer unhas.

Ficou certo pois não

Que as moscas iriram iluminar

o silêncio das coisas anônimas.

Porém, vendo o Homem

que as moscas não davam conta de

iluminar o silêncio das coisas anônimas -

Passaram essa tarefa para os poetas.


MANOEL DE BARROS

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