Para Dolur
meus oito anos
Oh que saudades que eu tenho
Da aurora de minha vida
Das horas
De minha infância
Que os anos não trazem mais
Naquele quintal de terra
Da Rua de Santo Antônio
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais
Eu tinha doces* visões
Da cocaína da infância
Nos banhos de astro-rei
Do quintal de minha ânsia
A cidade progredia
Em roda de minha casa
Que os anos não trazem mais
Debaixo da bananeira
Sem nenhum laranjais
* Nas edições de 1927 e 1945, está grafado "doce". Pareceu-me erro tipográfico. pois o adjetivo no singular não assume função estética especial neste verso, ao contrário do que sucede com o plural "laranjais", na última linha de cada uma das estrofes de que se compõe este poema-paródia.
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